A mercadoria do corpo

quarta-feira, 12 de abril de 2017

O corpo humano é uma espécia de mercadoria, e das mais caras. Para ele o mercado oferece incontáveis serviços e produtos. Tem para o bonito, o feio, médio, forte, fraco, sadio, doente, alto, baixo, careca etc. O padrão e análise vigente determinará. Não é à toa que a medicina custa tão caro e é tão valorizada. Quem não deseja a própria saúde, a saúde do corpo? E a beleza. Essa é capaz de valorizar ainda mais o corpo. No mercado, afinal, um corpo mais bonito vale mais, abre portas, é mais desejado. Para esta embalagem, o corpo, grifes especializadas trabalham incansavelmente para promover seus produtos. Campanhas milionárias exibem o estilo da próxima estação. Por outro lado, aborígenes não tem preocupação em embalar o produto, que é o corpo. Eles preferem deixá-lo despido e ocupar-se de outras coisas. O corpo-produto, mercadoria valiosa, pode também ser utilizado como moeda de troca. Infelizmente nem sempre essa troca é feliz e tranquila, vide os sequestros relâmpagos.
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Se algum dia pudermos trocar de corpo assim como trocamos de roupa, daremos um jeito de fabricar corpos novos sobressalentes. Logo, poderíamos deixar o corpo de reserva bem guardado para ocasiões importantes ou necessárias. Haveria a especulação do preço do corpo. Haveria marcas de corpo, liquidação, tipos variados de corpos, faça seu test drive na nova linha de corpos. Acabariam os problemas dos transsexuais. Para o turismo, poderíamos viajar para outros planetas apenas trocando de corpo. Para isso, um outro corpo deveria ser produzido de antemão no outro planeta e apenas seria feita a troca, numa espécie de transmissão online de um corpo para o outro. Também poderíamos fazer longas viagens interplanetárias. Se um corpo envelhecesse, a troca por outro novo seria a solução e para isso teríamos que levar uma fábrica de corpos na nave. Na medicina abririam-se inúmeras novas possibilidades. Durante a "manutenção" de um corpo doente ou com defeito, iríamos para um corpo sobressalente emprestado pela clínica, ou oficina de corpos. E enquanto tudo isso é ficção, sigamos com criatividade, os pés no chão e reivindicando nossos interesses e direitos!

Simplificando

sábado, 11 de agosto de 2012

Se houvesse como simplificar a vida

Como fazíamos na contas de matemática...

Mas correríamos o risco de simplificar momentos intensos e felizes

Tais que gostaríamos que fossem longos...

Autora: Nina

Cascata

Que delicia
Sou chocólatra, sabia?
Mais amargo ou mais doce
Doce e branco pra contar a verdade

Agora, o que eu preciso realmente
hum,
Acho que já sei,
Preciso de uma cascata de chocolate
Já fico sonhando...

Autora: Nina
contribuição: zacco

Pois é

...pois é

tenho que ter um foco

sei que vou fazer boxe

por enquanto é a unica certeza que tenho por hoje...

Autora: Nina

Até Quando

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Eu poderia ter tentado mais sim
Eu poderia ter dito tudo o que se passara em meu íntimo nesse tempo
Eu poderia ter assumido os mais singelos sentimentos que estou aprendendo a lidar sozinha agora
Eu poderia ter dito tudo o que eu tive vontade de fazer com e por você
Eu poderia ter persistido à procura das respostas por tal frieza que começou a fazer parte de nós...

Mas nao o fiz
Imaginei que estaria fazendo o papel da garota que corre atrás sozinha...
...e para dizer a verdade
Detesto esse papel, e ele nem combina comigo de fato...

Autora: Nina

Estarei Lá com Você

Certo dia parei no meio do caminho
Sem saber se deveria continuar...

E não era à ele que eu queria enviar
Mas como estou demorando a achar...
Fico assim...

Espero que goste
Acho que tem muito de mim
Oh! Não, não!
É bom.
Foi feito em um momento meu...
Como resposta de algum lugar de dentro de mim
Que surge numa presença agora familiar
Que me oferece todas as certezas que eu sempre quis

É o seguinte: - Estou aqui! - Eu amo você!
E não me importa se você tiver que passar a noite inteira acordado...

Autora: Nina

Visível

Sei que a mudança em mim está visivel
E nao vou pedir a ninguém que compreenda
Apenas me aceite (até eu estou tentando fazer isso!)

Não sou mais aquela pessoa que se empolgava com qualquer coisa, qualquer palavra...

Agora jogo firme o jogo da vida,
Acredito somente nas palavras sinceras de fato, (quais são?)
E as outras, sempre veem com incertezas e dúvidas
Que permanecem e saem de mim
Freneticamente
Autora: Nina
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Inspiração

Inspiracao,,,

Precisa de motivo,,,
de causa, de tempo...

Todas as vezes

As vezes sou drama,
as vezes sou romance,
as vezes sou drama e romance...

Uma loucura!

Autora: Nina

Momentos intensos

Seja para sorrir,
para desabafar,
para fazer cócegas...

Nos momentos intensos,
nossos momentos de prazer incontrolável...
...e chorar...
Todo ser humano chora, seja por alegria sufocada ou tristeza guardada...

Autora: Nina

Repito

Documento sem título Até que enfim, após um ano, nova postagem!

"Não,
repito,
não vou fugir,
mas preciso saber se você irá fazer o mesmo!

As vezes preciso de certezas,
só para saber se não vou sofrer sozinha.

Até mesmo o sofrimento fica mais fácil de carregar quando é dividido."
Autora: Nina

O nome do blog

sábado, 23 de julho de 2011

Boa noite pessoal!

Bom, pra começar, exagero sem exagero já é um exagero com antítese e ironia.
O exagero serve para estimular o raciocício, a inteligência e o debate.
Exagerando ou não, cabe a cada um dar o próprio valor!

Lembranças da escada

Tenho muitas lembranças da tenra infância, sentado nas escadas com meus amigos, conversando e brincando. As escadas são pontos de referência para muitos acontecimentos importantes. Imagine se D. Pedro tivesse dado o grito do Ipiranga aos degraus da escada da igreja de São Sebastião ao invés de ter sido às margens do Rio Ipiranga? Seria no mínimo ilário, iria parecer que ele estava naquela posição estratégica para no caso de alguma coisa dar errado ele correr para dentro da igreja. Escadas sempre podem ser bons pontos de referência. As vezes que pedimos ou damos informações de localização em alguma área ou endereço desconhecido sempre aparece alguma escada no meio da conversa. O informante pode lhe dizer: - você vira a esquerda daqui a três quarteirões, quando chegar de frente à escadaria você verá o prédio do endereço que está procurando.

Hoje mais ou menos no horário do almoço, dentro do shopping center no centro da cidade, ao encontrar amigos de longa data quisemos irresistivelmente relembrar os velhos tempos sentados na escada brincando de virar figurinhas, de jogo da memória, de dama ou mesmo dos longos e descompromissados papos de criança. Aí começou o problema. Compramos alguns saquinhos de pipoca, daquelas doce mesmo, e fomos conversar e comer sentados na escada mais próxima.

Mas havia um problema: o shopping estava lotado e a escada mais próxima era moderna demais, era uma escada rolante. Não importou. Sentamos na escada que girava para cima com os saquinhos de pipoca nas mãos e fomos embora. Foi uma confusão total. As pessoas pedindo licença, nos olhando como se fôssemos loucos, pirados (e fomos mesmo!). Nos distraímos tanto que, de repente, minha roupa começou a ser sugada, rasgada, estraçalhada pela escada rolante - é que chegamos ao final da escada, sentados... Pra piorar, todos que estavam subindo a escada rolante de pé (a maneira mais civilizada de usar uma escada rolante num shopping center lotato sexta-feira no horário de almoço) foram se amontoando sobre a gente, caindo no final da escada, e eu com as roupas rasgadas, semi nú, ouvindo gritos estridentes de horror, terrou ou mesmo de impaciência perante tanta imbecilidade.

Conclusão, relembramos o passado pra nunca mais esquecer. E você, já fez alguma coisa louca parecida para relembrar os velhos tempos de inocência?

Até a próxima pessoal!

Reencontro

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ao me encontrar, após longa busca no escuro, encontro você. Ao lhe encontrar me reencontro. Ao me encontrar encontro a calma. Ao encontrar a calma encontro o sucesso. Ao encontrar o sucesso busco me encontrar e ao me encontrar, após longa busca no escuro, encontro você. Ao lhe encontrar me reencontro. Ao me encontrar encontro a calma...

Comida mineira

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Depois do almoço bate aquele sono pesado, daquela comida bem temperada, cheia de sabores bem distribuídos entre os morros e montanhas. Duas horas de sono e tá tudo novo de novo, bão tamém.

A morte, gosto e desgosto

terça-feira, 29 de junho de 2010

Abraço de pé é sempre São Paulo. A morte vive ou a vida morre? Ou?

Hoje o êxtase matou mais uma pessoa. Hoje é o dia da morte. A morte. A morte. A morte dos outros. Qual morte lhe incomoda? A dos outros? A sua? A de quem? Morte longínqua, imediata, próxima, inexorável, vencível, invencível, fraca, forte, grande, importante, alegre, chata, simples, cara, coletiva, solidária, solitária.

Convicções. Pra mim poucas convicções bastam. Muitas me deixam confuso. Se gasta tempo demais até ter certeza das novas convicções, até se tornarem convictas mais plenamente.

As vezes é preciso mentir sobre novas convicções para se enquadrar. Isto mais por necessidade de sobrevivência do que por prazer. As convicções matam, amam, odeiam, erram, mudam, deixam de existir e passam a existir depois de serem inventadas e repetidas por muitas gerações.

Convicto de minhas poucas, mas essenciais convicções vou caminhando pela vida. Pousado no planeta de olho nas estrelas, sem teto. Ou o planeta tem teto? Nosso Universo tem teto?

Uma convicção não basta apenas. É necessária pelo menos uma para cada necessidade básica do ser humano. Uma para se comunicar, outra para se alimentar, uma para escolher o que dizer, outra para dizer todas as coisas de uma só vez. Convicção que se aprende na rua, na escola, na faculdade, nos bares, nos recitais, nos shows, nas viagens, nas esquinas. Convicções alheias que não me convém, que passam a convir, que deixam de convir.

Assim, continuo convicto que um dia chegarei ao final com muitas convicções feitas, aprendidas e apreendidas, algumas desconstruídas também, talvez quem sabe. Por isso gosto. Tenho gosto. Evito os desgostos. Mas qual é o gosto? Bocas virgens de promessas cumpridas e não cumpridas? Segundos após os segundos que se foram? Segundos que são? Que não mais são, morreram ao se completar.

Qual o seu gosto? Os seus gostos? Já experimentou algum gosto hoje? Acordou com bom ou mau gosto? Ou sem gosto? Um dia de bom gosto? Ou um dia de desgostos?

Shows vão, ensaios vem

sábado, 27 de março de 2010

Ensaios pra cá, show marcado lá, dia tal. Covers novos, as sensações do momento nas rádios.
Guitarrista novo. Começa a ficar conhecida a mais nova banda.
É marcado um show na festa que ocorrerá na quadra do colégio. Começa a se formar uma legião de fans curtindo músicas como Pula! e Eu Quero Ver o Oco fazendo a sensação, agitam a galera. A banda pulando no palco e o som comendo solto.

No início era o fim

terça-feira, 23 de março de 2010

Em 1998 surgiu a Osmose, que inicialmente se chamaria osmose.exe, mas para simplificar acabou ficando Osmose mesmo.
A história começa quando Leandro (Léo Camelo) conhece Eduardo (Dado Gonçalvez) e o convida a conhecer sua banda e fazer um teste de vocal.
Tudo corre bem, ansiedade. Dado, fan de carteirinha do Iron Maiden e baixista em potencial segue até o local do ensaio, ali na Pompéia, não muito longe de sua casa mas perto de onde moram os mais novos amigos.
Quartinho improvisado, na casa do baterista (Rodrigo Araújo), preparado para ser estúdio de ensaio (e que estúdio!). Caixa Watt Som bem ajustada, sustentando baixo (Yamaha) e as vozes, coisa incrível hoje e absolutamente normal na época. Dado chega, cumprimenta a galera, entra. É hora de mostrar o que sabe. Wasting Love, Iron Maiden. Porra, ele canta bem. Aceita ficar na banda?
Pronto, inicia-se uma nova fase na vida da banda e de Dado. Um novo nome é preciso para começar bem a nova fase musical. Então aí entra Maurício, vulgo não sei o que. Grande amigo de Dado desde a época do colégio Santos Dumont, entusiasta musical e cheio de idéias na cabeça e nos pés. Sugere o nome Osmose, que é um fenômeno de difusão, de passagem de um meio para outro, no caso transportado para o sentido da música, sentimento, todas as energias, todos os fenômenos que a música é capaz de transmitir, trânsito musical da banda para o público. Começa então o fim das divagações musicais e termina a velha banda para dar lugar à nova, Osmose.

CONTINUA>>